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“Desamar” também é uma decisão

Se há um erro comum de que o amor é um demônio, que toma a alma de cada vítima que faz, também há um erro oposto, que é acreditar que o “desamor” é um outro demônio, que tem a mesma prática. Pensa-se que quando o amor chega, não há o que se fazer; e quando vai embora, também não há o que se fazer. Erro grave! Pensa-se que quando o amor chega o indivíduo se torna um passageiro da própria vida; e quando o amor vai embora, igualmente não se tem controle sobre as próprias escolhas. Nada mais equivocado!



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Entre humanos, amor não é o sentimento fofinho, gostosinho, morninho, confortável, de estar com quem se quer, de estar onde se quer, de fazer o que se quiser. Este sentimento - grosso modo, é um sentimento, sim - é melhor explicado pelo conceito “paixão”. As paixões é que são assim: rápidas, impulsivas, inconstantes, irrazoáveis, imediatas. O amor é algo mais profundo, mais temperado, mais comprometedor. Já virou ditado e todo mundo repete: amor não é sentimento, amor é decisão. Isto significa que o amor que não é fugaz, não é instável, não se move por preferências muitas vezes irracionais e contraditórias.


Assim, a mãe que ama não permite a morte do amor ao filho, só porque casou-se com uma menina contra quem tem um desafeto. Ela é mãe e ama o filho e fará de tudo para refrear a ânsia apaixonada (e irracional) de pôr fim ao relacionamento do caçula. O pai que ama a filha preferiria que ela se casasse com um torcedor de seu clube, mas não permite que a paixão cegue a razão e promova o fim do relacionamento, só porque o rapaz torce para o time rival. Afinal, amar é decisão e não o efeito automático de uma entidade ou de paixões irracionais. Ora, o que vale para o amor, vale para o “desamor”.



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Excetuando-se casos muito precisos (como os de violência física e psicológica), todo ser humano consegue conviver maritalmente com outra pessoa. Ainda mais se houver verdadeira vontade de criar um lar saudável e - caso os membros sejam cristãos - segundo a Vontade de Deus. De outra forma, se é preciso força para amar alguém, se é preciso vontade para amar, também é preciso vontade para “desamar”, é preciso esforço para sabotar todas as tentativas de manutenção e aprimoramento conjugal que um casal pode realizar. Não existe isso de “não nos amamos mais”, “o amor acabou”. Na verdade, nesses casos, ou nunca houve amor (em geral, paixões e interesses explicam o relacionamento mesmo de anos), ou alguém cansou de amar e decidiu-se começar a “desamar” (igualmente em razão de paixões e interesses).


E o duro é que não há o que se fazer. Como é uma decisão, uma decisão muitas vezes irracional pois está normalmente motivada por realidades muito fortes, não há nada que a outra parte possa fazer: não há argumentos, não há carinhos, não há razões que possam ser elencadas e faça a outra parte voltar a amar. Afinal, é uma decisão e estas decisões não costumam ser motivadas nem por razões, nem por benefícios. O que fazer então? Rezar para que a parte que cansou entenda a beleza do amor conjugal. E se decida a voltar a amar.


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