Amor humano é fiel e exclusivo
- Robson Oliveira

- 3 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
O Papa Bento XVI certa vez escreveu que o significado teológico do matrimônio ainda não foi sequer arranhado pelos teólogos. Em certa medida, penso que o segredo dessa joia está na reflexão sobre a natureza do amor. De fato, o amor humano precisa ser amor fiel e exclusivo. Fiel pois o ser humano não aceita divisão nem falsificação ou repartição quando o assunto é amor. Exclusivo porque compromete não só o hoje, mas é promessa que se estende no tempo, além de empenhar o ser humano inteiro. Isso é o que se aprende com a reflexão de Joseph Ratzinger:
“O sacramento do matrimônio não é invenção da Igreja, é realmente ‘con-criado’ com o homem como tal, como fruto do dinamismo do amor, no qual o homem e a mulher se encontram reciprocamente e assim encontram também o Criador que os chamou ao amor” – Fonte: Papa Bento XVI.
O coração humano não aceita divisão e desde os povos semitas, séculos antes de Cristo e da civilização ocidental, já se percebia a relação existente entre amor dividido e idolatria. Aliás, o que é a idolatria senão dividir a atenção entre 2 objetos de desejo. O Evangelho já dizia: só é possível amar um senhor, não dois. Joseph Ratzinger, em 2005, aproxima o conceito de amor dividido também da prostituição, que é um outro modo de vilipêndio e repartição injusta do amor:
“O aproximar-se de Deus ao seu povo é apresentado na linguagem do amor esponsal, enquanto que a infidelidade de Israel, a sua idolatria, é designada como adultério e prostituição” – Fonte: Papa Bento XVI.
O matrimônio é sinal da união que Deus quer ter com a humanidade. O celibato é um sinal de como deve ser o amor esponsal. O pregador norte-americano, Christopher West, aponta para esse dado curioso do amor matrimonial.
“O casamento revela a natureza esponsal da vocação ao celibato, tal como a vocação do celibatário revela o grande valor da união conjugal” – Christopher West.
Fidelidade e exclusividade distinguem homens e feras. Quanto mais profunda é sua personalidade, mais facilmente se compromete no futuro, tanto mais se entrega por valores profundos. Quanto menos profunda é a personalidade, mais se deleita em estímulos sensíveis e menos constantes são seus propósitos. Matrimônio exige maturidade pessoal. E o problema maior não é continuar casado. Muitas vezes, todo problema está na imaturidade na escolha do cônjuge, lá no início do relacionamento. Quem ama, contudo, não olha pra trás. Olha pra frente e segue amando!









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