A intolerância dos tolerantes
- Robson Oliveira

- 7 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de mai. de 2022
Um fenômeno inusitado tem aumentado o número de doutores e prêmios Nobel entre brasileiros: as “confiáveis” informações científicas de blogs socialistas, jornais engajados e programas de televisão esquerdófilos, unidas à “honestidade” de muitos professores, faz surgir pseudo-intelectuais aos borbotões. E eles são muito engraçados. Creem em aquecimento global, em cura de paralisia com células-tronco embrionária, creem até em ovnis. E ainda tem mais.
Uma das características mais curiosas dos recém-doutores do Facebook é que eles acreditam que possuem a exclusividade da justiça, da bondade e da sabedoria. Quando se conversa com essa gente iluminada, mesmo quando eles ainda estão no ensino médio ou quando de lá acabaram de sair, tem-se a nítida impressão de que se fala com o próximo Einstein. Outras, que se encontra na presença do próprio Santo Tomás de Aquino, se possível fosse.
Caso se discorde do discurso desses neo-doutores ou de qualquer assunto da pauta politicamente correta, a reação é diversa:
1) se há esperança na conversão do opositor para a causa “iluminada”, eles vão devagar e pegam mais leve. Acusam o opositor de ter lido pouco. Oferecem livros (que confirmam suas teses, é claro), elogiam sua inteligência ao mesmo tempo que atribuem seu erro a um descuido involuntário. Mas se são os opositores a indicar-lhes livros e se a conversão parece duvidosa, a coisa muda.
2) se o interlocutor resiste e argumenta contra as ideias, inicia-se um ataque pessoal contra o interlocutor: conservador, retrógrado, antiquado são os adjetivos mais educados. Ignorante, fascista, vendido, hipócrita, fariseu são como tratam, em privado, os que não se dobram a seus discursos pseudo-científicos.
Quando o opositor não liga para essas críticas, e se tem argumentos fortes, começa o pior: inventam mentiras sobre o opositor em grupos fechados, atacam-lhe a honra, torna-se motivo de piadas, sempre em grupos fechados, pois para todos os efeitos, eles são tolerantes e abertos. Essa é a tolerância deles: “todos têm a liberdade de concordar com a nossa opinião”.
E a verdade? E a competência de quem escreve? Nada disso interessa. O que importa é que Dr. Wikipedia e Sr. Fantástico confirmam o que o professor de História e o vereador disseram. Afinal, todo mundo sabe, professores de história e políticos não mentem.









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