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Você acha que sua família é melhor que as outras?

O cristianismo não é um salvo conduto contra as tentações e males que abatem todos os homens. E as famílias cristãs não são diferentes das que ainda não conheceram o Evangelho. Ambas precisam converter-se cotidianamente a Deus e precisam realizar a tarefa de configurar-se ao rosto de Cristo cada dia. Esse é o ensinamento do Evangelho de hoje (Lc 13, 1-9).

São Lucas narra um ensinamento precioso. Jesus adverte que os galileus mortos por Pilatos, enquanto realizam um ato de culto, não eram mais pecadores dos que escaparam da ira do político romano. Do mesmo modo, os moradores que foram vitimados no desastre com a torre de Siloé não eram menos maus do que os outros habitantes de Jerusalém, que escaparam do acidente. Igualmente, os matrimônios que sofrem sob o peso da infidelidade, da violência ou das brigas e discussões não são mais pecadores do que aqueles outros matrimônios, nos quais reina a paz, a fidelidade conjugal ou diálogo. Os males que nos cercam não são castigos por nossas más ações, assim como os inúmeros benefícios que transbordam nossas vidas não são recompensas por nossas boas ações. Deus não se move por essas categorias.

Os males morais que nos cercam são carência, revelam a falta de uma virtude necessária para a nossa vida. Os matrimônios assolados pela infidelidade não foram alvejados pelo mal, mas não conseguiram responder com fidelidade (virtude) quando a ocasião se apresentou. Os casamentos em que não há paz não foram vítimas do demônio briguento (essas ações demoníacas são raras), mas não foram fortes para responder de modo pacífico quando era necessário. O mal não existe, o mal não é rival de Deus. Todo mal é carência, falta de um bem que se deve ter ou fazer em cada ocasião.

Portanto, os matrimônios saudáveis não são melhores do que os que sofrem porque Deus a uns abençoe e a outros castigue. Absolutamente! Ambos precisam da misericórdia de Deus. Mas os primeiros, talvez pela formação ou pela sensibilidade ao Evangelho, conseguem responder aos chamados de Deus, quando as ocasiões se apresentam. Aqueles matrimônios que ainda estão lutando mais ainda não tiveram a força para superar a espiral de violência e desamor no qual estão imersos (por culpa própria ou de outros – incluindo aqui o demônio). A todos, porém, é atual o chamado do Evangelho: “Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. Acostume-se com a ideia de que sua família não é amada de modo especial por Deus. Não fuja da normalidade da vida comum, de uma família comum, com um trabalho comum e ordinário. Isso não faz de nós famílias menores ou menos especiais. Diferente de nós, Deus não faz acepção entre seus filhos. O que pode haver de especial numa família é como seus membros amam a Deus e a sua Igreja. Isso, sim, é tarefa exclusiva dos homens e nem os anjos podem amar a Deus e a Igreja em seu lugar. 

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