Seja o último
- Robson Oliveira

- 23 de set. de 2018
- 2 min de leitura
Os apóstolos caminhavam e conversavam sobre quem seria, dentre eles, o maior no Reino dos Céus. Os apóstolos tinham pretensões a coisas grandes. Nosso Senhor não os adverte desse desejo. Querer coisas grandes não é mau em si: Ad Maiora Natus Sum, dizem os latinos. Todos nascemos para coisas mais altas! Contudo, Nosso Senhor aproveita para fazer uma correção na mente dos apóstolos: No mundo, ser grande significa ordenar, comandar, liderar. Entre os cristãos, contudo – ensina Jesus -, é aquele que serve o maior.
“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Mc 9, 35)
Nas palavras de Jesus não há reprimenda por tentarem ser grandes os apóstolos. Nosso Senhor não os critica porque buscavam saber quem eram os grandes entre eles. O que Ele adverte é que ser grande no Reino de Deus não é o que os homens pensam. Quem quer ser grande deve fazer-se de todos servidor, deve buscar a todos apoiar e ajudar. O que pretende a grandeza – e todos deveríamos desejá-la – precisa escolher sempre o último lugar.
Escolher o último lugar não é esconder-se, não é omitir-se. Mas servir a todos, sem distinção, e ocultar-se. Tomar o último lugar, não fazer farol sobre as próprias virtudes. E como isso é difícil… Num mundo que louva as próprias – e algumas vezes falsas – virtudes, reconhecer as reais capacidades, pô-las a serviço e depois não fazer cartaz delas é um desafio. Mas a isso nos convida o Evangelho.

Nos negócios do mundo, escolha sempre o último lugar, e então Deus recompensará seu escondimento, no Reino. É um tipo de comércio, sim, mas um divino comércio. Um comércio no qual entramos com nossa vida e serviço aos irmãos, com amor incondicional e indistinto a todos, e esperamos, na fé, que o Senhor recompense tal doação e serviço com o Céu, um dia.









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