Ordinário Cotidiano
- Robson Oliveira

- 20 de set. de 2019
- 1 min de leitura
Sou homem comum. Gosto de me ver assim. Gosto dessas coisas comuns: de casa, de sol, gosto de domingo de manhã. Gosto de luz, de dia, de andar na praia, de cuidar de pessoas.
Não me atrai a noite, o neon, as ribaltas. Prefiro a louça, o alho, as calçadas. Pé na areia. Brisa na cara. Detesto champanhe. Prefiro caipirinha: limão, cachaça e açúcar. Odeio sapatos!
Se a noite me atrai, é só por amor. Aceito o furdunço, pisada no pé, amigos berrando… o terror! O chopp na sala, crianças juntadas: histórias, piadas, risadas… meu amor!
Se me ofereço a holofotes, é por dever. Dever que mais custa, que alegra. Mais assusta, que consola. Mais dispersa, que congrega. Obrigação que mais pesa que conforta.
Tenho certeza: o fulgor extraordinário é enganador. Aquece, conquista e desvanece… É brilhante e fugaz. Atraente e atroz. Por ser raro e especial, não resiste ao cotidiano do homem comum.
Assim vejo o segredo da felicidade conjugal: pregadores, mesa, varal. Às vezes, estrada, barzinho, sarau. Dia a dia, sorrindo e chorando. Construindo uma vida de carne e osso e não uma ficção para colocar nas redes.
O amor vem em vários tipos e tamanhos. Encontre o seu. E não se sinta triste porque seu modo de amar os outros é diferente do que pregam as grandes mídias. Elas não podem ensinar a você o caminho da felicidade, da integridade e da realização, pois grande parte dos que as compõem, esses formadores de opinião da tv e das redes, não é nem feliz, nem íntegro, nem realizada na vida pessoal.









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