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Geração Maria-Mole

As civilizações caem, diz a história, a partir de dentro. Elementos externos podem forçar a queda, podem até auxiliar a resgatar alguns da queda apontando o erro (como aconteceu com o cristianismo em relação ao Império Romano), mas a ruína ocorre por desgaste próprio. São conhecidos os princípios que Sun Tzu explicitou em A Arte da Guerra. Em um deles, o general chinês ensina que, para derrubar seu inimigo, importa torná-lo afeito a paixões sensíveis. A luxúria deve ser estimulada; a gula, excitada; a preguiça e as diversões fúteis, favorecidas a fim de que os cidadãos inimigos fiquem dispersos, insolentes, moles, desobedientes e,com isso, facilitem a invasão do inimigo que está à porta.

Nossa geração está ficando assim. Sempre pronta a reclamar, incapaz de fazer sacrifícios, impaciente. Impaciência vem do latim e significa o que não sabe sofrer, o que não consegue sofrer. Ora, a Carta aos Romanos tem algo a dizer para essa juventude impaciente:


“A tribulação gera a constância” (Rm 5, 3).

Por causa da falta de esforço, por causa do excessivo conforto e baixa exigência, em razão da moleza e falta de força de nosso tempo, a virtude da constância não é comum entre adultos e jovens. Como ninguém é capaz de sofrer, como foge-se da Cruz como se fosse um castigo, essa geração tem grande dificuldade em ser constante, fiel, persistente.

Aliás, seria de se admirar que, tão envoltos em prazeres e satisfações sensíveis, esses mesmos jovens fossem obstinados, temperados, persistentes na busca do bem árduo (definição manualística de paixões do irascível). Essa geração Maria-Mole não se dá bem em matrimônios justamente porque não existe relacionamento algum que não faça grandes exigências a seus contraentes. Como eles querem comidinha no prato, tem nojinho de louça, alergia a vassouras, o matrimônio ou fica caro demais, ou fica insustentável. E isso mesmo entre cristãos! Conheço casais em que a menina e o rapaz mudam de religião porque o primeiro matrimônio falhou e – como no segundo relacionamento (sim, relacionamento, pois entre cristãos só há um matrimônio!) também há exigências, fica saltando de denominação em denominação… até cansar e aprender com a dor.

São Paulo adverte: as tribulações servem para amadurecer o homem, e maximamente os esposos. Elas vêm para temperá-los, para endurecê-los. Por isso, Marias-Moles não são pessoas para casarem nem se darem em casamento. Por que não aceitam as tribulações não são constantes, nem persistentes. A Sagrada Escritura vem ensinar-nos que a constância, a fidelidade, a persistência e a obstinação necessárias à vida matrimonial nascem das dificuldades que passamos. Então, comece a encarar os obstáculos à sua frente de outro modo. Eles são um presente de Deus a você.

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