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Famílias mais velhas

O Evangelho de São Lucas traz uma das mais difíceis páginas do cristianismo: a parábola do filho pródigo. Já oferecemos outras reflexões sobre esse texto em outras oportunidades. Queria tratar de um fenômeno lamentável, fenômeno que certamente não é novo. É o caso das famílias que se comportam como o filho mais velho: são as “famílias mais velhas”.

As “famílias mais velhas” costumam ser fiéis e escrupulosas no cumprimento da Vontade do Pai. Elas se esforçam para em nada divergirem do que entendem ser o que Deus pensa para elas. Rejeitam trocar a casa do Pai por benefícios nesse mundo e não aceitam esbanjar os dons do Pai em troca de bens infinitamente inferiores. Não é por essa razão, contudo, que os “mais velhos” se sentem menosprezados pelo Pai. “Os mais velhos”, na verdade, são invejosos.

Os que chamei de “famílias mais velhas” costumam se ofender se algumas dessas “famílias mais novas”, esbanjadoras da bondade do Pai, gastadoras da herança de Deus, injustos desejosos dos bens terrenos, traidores do Pai, se elas são recebidas com festa na Igreja. Alguns “mais velhos” sentem-se menosprezados: “puxa, estou aqui desde a minha juventude e nunca fui lembrado para comandar tal iniciativa”; “estou sempre disponível, mas aquele que chegou agora já foi chamado para ser MESC”; “minha família ajudou a construir essa Igreja, mas é aquela família de recém-convertidos que o sacerdote trata com carinho…” e os exemplos não param. Como no texto de Lucas, o filho mais velho, o fiel, o esforçado, sofre porque sente inveja do amor do Pai para com o filho mais novo, o filho que foi resgatado, o que estava morto e voltou à vida. As “famílias mais velhas” acreditam que “as famílias mais novas” são piores porque cometeram a injustiça de afastarem-se do Pai Amoroso. Que não seja assim entre nós!

Que nos alegremos com os recém-convertidos, com os que agora, já às 17h00, chegam para trabalhar na vinha do Agricultor. Não sejamos invejosos do amor do Pai. Se até os anjos se alegram mais pelo pecador convertido, por que entre nós não há a mesma alegria, quando uma dessas famílias esbanjadoras recobram a razão e voltam à Casa do Pai?

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