Carta Aberta ao Papa Francisco – Pelo Celibato
- Robson Oliveira

- 29 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Sua Santidade,
Somos famílias católicas brasileiras. Sabemos, com tristeza, o que é viver em um país que pretende impor inimizade entre a Igreja e o Estado, um país que planeja e intervém na vida de fé de seus cidadãos incessantemente, seja através de leis que tentam limitar a prática do cristianismo, seja por meio de ações de indivíduos, que ignoram a separação entre Igreja e Estado e incitam a intervenção do Governo na Igreja.
Ultimamente, algumas das maiores redes de comunicação do Brasil têm dedicado espaço para veiculação de uma suposta carta, enviada a Sua Santidade, exigindo a abolição do celibato obrigatório aos sacerdotes e demais membros do clero. Essa carta, subscrita por três senhoras italianas e com o apoio de mais 37, pretenderia pressionar o Doce Cristo na Terra, com o argumento de que grande parte do Povo de Deus deseja que seus ministros constituam família. Além disso, argumentam que houve tempo em que o matrimônio era vivido entre membros do clero. A carta ignora todas as fontes da Escritura sobre o celibato sacerdotal “por causa do Reino”, o que denota pouca estima pelo tema e apenas uma aproximação pragmática: a aceitação pública da relação com este ou aquele sacerdote.
Nós, Grupo de Famílias em Cristo e outras famílias brasileiras, soubemos desse pequeno movimento de senhoras italianas e gostaríamos de garantir a Sua Santidade que um número no mínimo igual de cristãos católicos não se incomoda com o celibato dos sacerdotes e, pelo contrário, é a ele favorável. Sabemos que não é o celibato a causa dos indesculpáveis casos de pederastia, visto que esse fenômeno – embora esquecido pela mídia – não ocorre apenas entre sacerdotes mas sobre senhores casados; também entendemos que o motivo principal desta doutrina eclesiástica não é a proteção dos afamados bens materiais da Igreja, bens esses que sempre serviram para o bem do próprio Povo de Deus; alguns desavisados ainda tentam relacionar o pouco número de sacerdotes no mundo a essa doutrina eclesiástica, esquecendo ou ignorando que a crise das vocações abate-se também sobre a Igreja Ortodoxa e a Católica de Rito Oriental, para a qual a norma do celibato não é obrigatória.
Enfim, desejamos que Sua Santidade saiba que, apesar de a maioria da imprensa brasileira indicar, há ainda muitos fiéis católicos que amam o Senhor Jesus acima de tudo; guardam com filial carinho as orientações do Servo dos Servos de Deus; e, especialmente, têm os sacerdotes como amigos fiéis e amados. É com respeito filial que solicitamos, em nome dos de um número não pequeno de católicos deste país, que mantenha a disciplina secular do celibato para os sacerdotes de rito ocidental.
Subscrevem a carta, nós, Grupo Famílias em Cristo, além de outros casais católicos, que amam a Jesus, sua Igreja e seus Ministros.









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