“Vai e não voltes a pecar”
- Robson Oliveira

- 7 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Não há profundidade moral ou situação abjeta capaz de afastar Jesus do coração do homem. É sabido que o adultério é comparado à idolatria, pela Revelação Cristã. Em muitos lugares das Sagradas Escrituras, compara-se a infidelidade do fiel com a infidelidade do cônjuge. A estória mais evidente é o livro do profeta Oséias.
No Evangelho de João (8, 1-11), uma nova luz é lançada sobre o assunto. Uma mulher foi flagrada em adultério (sem a outra parte adúltera) e foi lançada aos pés do Senhor para ser apedrejada, não sem antes servir de armadilha para Jesus: deve-se ou não apedrejar essa mulher, perguntaram sorrateiramente os fariseus, como prescrevera a Lei Mosaica?
E então Nosso Senhor ensina algo aos matrimônios de hoje: até no fundo do poço do adultério, até lá, há esperança! A pena deve ser proporcional à injúria. Ocorre que, tendo Deus por objeto, toda pena tem o mesmo peso: o peso da ofensa ao Infinito. De modo que se o adultério é pecado que, diante da Imensidão de Deus, merece a pena capital, relativamente também mereceriam o mesmo fim qualquer outro pecado, pois qualquer ofensa ao Infinito, ao Absoluto, ao Perfeito, reveste-se de injúria igualmente gravíssima. E é por isso que, embora a pena merecesse reprimenda, ninguém se sentiu em condições de fazê-la cumprir pois, ao mesmo tempo, estaria admitindo que suas próprias penas mereceriam o mesmo fim.
Se é possível esperar o auxílio de Deus até quando a ferida do adultério transpassa o coração, então há esperança para todos os outros tipos de ferida. Se é possível ter esperança quando o adultério bate a porta, por que desesperar de outras mazelas, muito menores? Tenha-se o cuidado, contudo, de ouvir as palavras finais de Jesus: “Vai e não voltes a pecar”.









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