Santo Tomás de Aquino – Docilidade
- Robson Oliveira

- 15 de jan. de 2024
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Docilidade
Santo Tomás de Aquino
“A prudência concerne às ações particulares, nas quais a diversidade é quase infinita. Não é possível que um só homem seja plenamente informado de tudo o que a isso se refere, nem em um curto tempo, senão em um longo tempo. Por isso, no que se refere à prudência, em grande parte, o homem tem necessidade de ser instruído por outro; e, sobretudo pelos anciãos, que chegaram a formar um juízo são a respeito dos fins das operações. Por isso, o Filósofo diz: 'É necessário estar atentos aos dizeres e às opiniões indemonstráveis dos experientes anciãos, e dos prudentes não menos que às demonstrações, pois, devido à experiência, penetram os princípios'. Também se lê nos Provérbios: 'Não te fies em tua prudência'; e no Eclesiástico: 'Permanece na reunião dos presbíteros prudentes, isto é, dos mais velhos, e une-te de coração à sabedoria deles'. Ora , pertence à docilidade dispor-se alguém para receber bem a instrução. Portanto, a docilidade pode convenientemente ser considerada parte da prudência”.
“Prudentia consistit circa particularia operabilia. In quibus cum sint quasi infinitae diversitates, non possunt ab uno homine sufficienter omnia considerari, nec per modicum tempus, sed per temporis diuturnitatem. Unde in his quae ad prudentiam pertinent maxime indiget homo ab alio erudiri, et praecipue ex senibus, qui sanum intellectum adepti sunt circa fines operabilium. Unde philosophus dicit, in VI Ethic. oportet attendere expertorum et seniorum et prudentium indemonstrabilibus enuntiationibus et opinionibus non minus quam demonstrationibus, propter experientiam enim vident principia. Unde et Prov. III dicitur, ne innitaris prudentiae tuae; et Eccli. VI dicitur, in multitudine presbyterorum, idest seniorum, prudentium sta, et sapientiae illorum ex corde coniungere. Hoc autem pertinet ad docilitatem, ut aliquis sit bene disciplinae susceptivus. Et ideo convenienter ponitur docilitas pars prudentiae”.
Fonte: TOMÁS DE AQUINO. Summa Theologiae, II-II, q. 49 a. 3 co.









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