Santo Afonso Maria de Ligório – Jesus no Santíssimo Sacramento, nosso Consolador
- Robson Oliveira

- 21 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de out.
Jesus no Santíssimo Sacramento, nosso Consolador
Santo Afonso Maria de Ligório
“Quando o nosso Divino Redemptor estava na terra, convidava todos a que a Elle recorressem para serem consolados, dizendo-lhes: <<Vinde todos a mim>>. E os factos correspondiam às palavras: pois, como diz São Lucas: <<Jesus andou de logar em logar, fazendo bem, e sarando a todos os opprimidos do demonio>> – Ora, no Santissimo Sacramento do Altar o nosso amabilissimo Jesus exerce continuamente o mesmo officio de Consolador das almas. Alli está noite e dia, cheio todo de misericordia, esperando, chamando e acolhendo todos os que o veem visitar.
Vendo que são tão poucos os que querem gozar das suas consolações e movido pelo seu amor e pelo desejo de nos fazer bem, chega a queixar-se pela bocca do Propheta: <<Num quid resina non est in Galaad, aut medicus non est ibi?>> – <<Não ha balsamo em Galaad, e não se encontra ahi medico algum?>> Galaad é uma montanha da Arabia, rica em unguentos aromaticos; segundo o veneravel Beda, ella é figura de Jesus Christo, que nos preparou na Eucharistia todos os remedios para as nossa enfermidades. – Porque então, parece nos dizer o Divino Redemptor, porque vos queixaes das vossas miserias, ó filhos de Adam? pois, quaesquer que sejam os vossos males, neste Sacramento achareis o medico e os remedios. Oh! se recorresseis sempre a mim, certamente não serieis miseraveis como sois.
Falem aqui aquelles corações venturosos que fizeram a experiencia. Convence-te, dizem elles, de que a alma que se detém, embora pouco recolhida, diante do Santissimo Sacramento, recebe de Jesus mais consolações do que as que o mundo pode dar com todos os seus festins e divertimentos. Oh, que delicias sentimos, estando com fé perante um altar, e entretendo-nos familiarmente com Jesus, que está alli expressamente para ouvir e attender os que O invocam; pedindo-lhe perdão das penas que lhe temos causado; expondo-lhe as nossas necessidades, como faz o amigo ao amigo; pedindo-lhe as suas graças, o seu amor, o seu paraiso! E, acima de tudo, que alegria celeste se sente ao fazer actos de amor para com esse amavel Senhor que está sobre o altar, inflammado em amor por nós! Mas a que veem tantas palavras? Gustate et videte, quoniam suavis est Dominus – Experimente e vede como o Senhor é suave”
Fonte: LIGÓRIO, Santo Afonso Maria de. Meditações. Tomo III. Friburgo: Herder, 1922, p. 309-310.









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