Sacrilégio na Missa
- Robson Oliveira
- 14 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Alguns amigos estão estarrecidos com o ato de vilipêndio perpetrado pelo candidato comunista Haddad e sua vice numa missa. E mais ainda com a descarada defesa de alguns fiéis a tamanha ofensa. Confesso que não estou.
Entenda, eles são capazes de justificar para outros e para si mesmos a morte de um inocente no seio materno, eles defendem e querem legalizar o aborto no Brasil. Ora, quem é capaz de realizar manobras mentais para calar assim a própria consciência, é capaz de tudo mais.
Alguns amigos tentam ainda uma vez mais: será que ser governado por quem demonstra tanta irreverência com a fé católica e com Eucaristia já não é motivo suficiente para decidir-se sobre quem é o menor dos males no pleito atual? Digo que não.
Quem já não se decidiu pelo mal menor quando se colocou a questão da defesa da vida, não mudará agora por causa de um “sacrilegiozinho” de nada. Se políticas pró-aborto podem ser desculpadas em alguma medida, que se dirá do uso da Igreja e da recepção dos sacramentos de forma irreverente. Logo vai começar: “Quem pode julgá-los?” “Tantos comungam mal preparados…” E a eterna: “Deus é Misericórdia…”. Cortina de fumaça, pois não se trata de negar ao pecador que luta o acesso à vida da Graça, mas de permitir que ateus públicos e confessos usem a Igreja como palco e se aproximem do Sacramento dos Sacramentos sem distinguir sua importância. Se fosse sincera a aproximação da Igreja, seria o primeiro a defendê-los. Mas o tempo provará que não é.
Não perca tempo: se seu amigo católico ainda permaneceu em consciência perplexa quando confrontado com o tema do aborto no programa de governo do PT, penso que não adianta confrontá-lo agora falando do recente ato de sacrilégio. Quem perdoa o máximo, perdoa o mínimo. Não que a Eucaristia seja menor que algo. Não é. Mas para quem não tem fé, a Eucaristia é só um rito qualquer, é só um pão. Nesse horizonte, o assassinato é mais grave. Quem aceita o mais grave, aceita o menos grave. Quem tem fé católica, contudo, quem ama verdadeiramente Jesus Sacramentado e ainda tem algum sinal de perplexidade, talvez com esse fato demova-se acerca da abstenção. Grande dose de humildade é necessária, entretanto.
Komentarji