Qual o fundamento do matrimônio feliz?
- Robson Oliveira

- 12 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
A maioria dos matrimônios termina por causa de questões materiais: falta ou excesso de grana, doença física ou psíquica, oferta de benefícios de pessoas mais jovens. Esse tipo de problema é o mais simples de ser tratado, para quem está disposto a ter um matrimônio estável e feliz. Afinal, ninguém acredita sinceramente que vai permanecer jovem e saudável toda a vida. Portanto, é necessário proteger a própria intimidade e o próprio matrimônio dos ataques de pessoas mais jovens e mais atraentes, que com certeza acontecerão durante os anos de matrimônio. Os cônjuges mudam, os corpos sofrem a ação das gravidezes, das doenças, do tempo, enfim. Firmar o matrimônio no corpo do cônjuge é apostar mal.
Mas há um outro erro, que abate um número menor de matrimônios, mas faz tanto estrago quanto esse primeiro, pois também deixa desoladas pessoas que sonharam um matrimônio diferente para si mesmos. Há pessoas que acreditam que o ponto seguro para fundamentar o matrimônio é a alma do cônjuge. Pensa-se assim: se o corpo não pode fundamentar meu matrimônio, então a alma é o melhor apoio para sustentar os matrimônios. Errado!
O erro desse modo de ver é se esquecer de um ponto fundamental da vida: as pessoas mudam! Quantas pessoas sofrem, hoje, em matrimônios difíceis porque o cônjuge mudou. Ele era um homem fiel, mas hoje sequer vai à missa. Ela era mulher de oração e, hoje, só quer saber de balada e de se lamentar por ser mãe. Se o matrimônio estiver fundado sobre a alma, sobre os valores que unem os esposos, alguém poderia pensar que está livre do dever de fidelidade, afinal ele não é mais o mesmo, ela é outra pessoa.
O matrimônio fiel e, portanto, feliz (ainda que com lágrimas) é aquele sustentado na promessa feita ao cônjuge, tendo Deus por testemunha. Não é a decrepitude corporal ou o abandono dos valores do início do namoro a razão para ser fiel ao matrimônio validamente contraído. Felicidade é ser fiel a Deus e seus desígnios. Todo o resto é euforia fugaz e enganadora.









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