Quais são os fins do matrimônio católico?

Para que os esposos se dão em matrimônio? Qual a finalidade do matrimônio? Essa questão é importantíssima para aquele que precisa entender o que se pede dele. Vamos lá!

No célebre e profético documento Humanae Vitae, mais tarde confirmado por São João Paulo II, no igualmente importante documento Familiaris Consortio, Paulo VI ensina a todo aquele que pretende ter um relacionamento saudável que o matrimônio cristão possui duas funções específicas: unir o esposo e a esposa em comunidade de amor; e gerar e educar filhos na fé cristã. E a segunda função é a função mais importante, sem menosprezar ou diminuir a função unitiva do matrimônio: caráter unitivo e caráter procriativo.

Há, contudo, um descompasso entre as funções hodiernamente. Os casais católicos atuais desprezam a função procriativa, como se fosse uma doença contagiosa e incurável. Há casais que quase se lamentam quando um amigo diz que tem mais que 3 filhos. Fazem cara de velório, como se a geração de filhos fosse um tabu, um princípio dogmático de nosso tempo. Esses tipos só pensam no matrimônio como lugar para dar vazão à sua sexualidade, esses veem o matrimônio apenas no seu caráter unitivo e esgotam nele a sua única função. Sequer percebem que com essa perspectiva instrumentalizam o seu cônjuge, tornando-o objeto de seus desejos venéreos e relegando-os a meros instrumentos de consumo.

É necessário acabar com essa mentalidade anti-natalista. É preciso gerar filhos para o Céu. A promessa feita no altar do sacramento do matrimônio é que o casal aceita receber os filhos que Deus quiser lhes enviar. Só é lícito espaçar os filhos se houver razões graves para tal, razões essas que são bem descritas nos documentos citados. O matrimônio foi dado ao homem e à mulher para que sejamos co-criadores com Deus, para que auxiliemos na criação de novos homens para o Céu. Não sejamos egoístas!

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