Prudência, a primeira das virtudes cardeais
- Robson Oliveira
- 13 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Todos sabem que Platão e Aristóteles tratam as virtudes humanas com o cuidado de quem vela por um tesouro raro e precioso. As virtudes cardeais são a pedra da coroa para ambos os filósofos gregos, no campo da ética. São o coração da busca pela felicidade, em Aristóteles, e o eixo sobre o qual giram as outras virtudes, em Platão. Contudo, qual é a virtude mais importante?
Certamente, das virtudes cardeais a primeira e a mais importante é a prudência. É denominada também Auriga Virtutum, Cocheira das Virtudes, pois é por meio dela que as outras virtudes chegam até nós. Seu tópos, seu lugar natural é a faculdade cognitiva humana, pois é a virtude que averigua a conveniência ou não de certa atitude, medita sobre a natureza de certas ações e procura perscrutar a causa final da natureza humana. Sem a prudência, de nada adiantaria muito boa vontade, para realizar já o que deve ser realizado (fortaleza), nem equilíbrio no uso dos prazeres sensuais, que são frequentes enganadores do ser humano (temperança), muito menos jamais se saberá o que devo dar ao meu próximo, o que lhe é devido (justiça).
Enfim, sem a virtude cardeal da prudência é muito difícil cumprir a vontade de Deus, pois mesmo que se saiba com certeza a necessidade de ser pobre, não se saberá com certeza quando e como se apresenta esse conselho evangélico. Afinal, não se diz sem riso que a virtude da pobreza seja igual ao celibatário e ao casado de muitos filhos.
Nesse sentido, a virtude é analógica, nunca unívoca. A prudência é um auxílio espetacular na luta contra o erro e o pecado e apoio sem igual no alcance da santidade de sua família.
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