Princesa e Sapo: perversidade escondida
- Robson Oliveira

- 19 de abr. de 2018
- 1 min de leitura
Não poucos relacionamentos conjugais fracassam por causa do descuido com as condições necessárias de convivência entre as pessoas. E o pior: a maioria desses relacionamentos é totalmente viável! E um dos problemas mais graves está na visão romântica acerca das virtudes e potências dos cônjuges. É o Mito do Príncipe Encantado.
Dentre as diversas reflexões possíveis acerca desse aspecto dos atuais matrimônios, a premissa mais perversa do Mito do Príncipe Encantado é a suposição de que, no relacionamento que agora se vive, o responsável pelos maus caminhos é sempre o outro. Afinal, se há um sapo é por que há uma princesa, não é? Se há uma rã é por que há um príncipe. De fato, quem imagina seu relacionamento sob essa chave de leitura supõe que se faz parte da realeza e que o outro – o anfíbio gosmento – é que precisa mudar para que o relacionamento mude da água para o vinho. Ledo engano! Nenhum relacionamento é composto de um só anfíbio. Dizendo de outro modo, não existe princesa nem príncipe!
Para que o matrimônio católico dê certo, importa compreender que ele é formado por dois incompletos, dois imperfeitos. A partir do momento em que um dos cônjuges imagina que já é perfeito, que já é princesa, e que consequentemente a culpa é do sapo do seu lado, nesse mesmo momento já se começou a descer a ladeira do entendimento e – pior – da santidade!









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