Princípio da vida intelectual
- Robson Oliveira
- 23 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Não é possível avançar na vida intelectual, sem considerar valores e princípios humanos básicos. Afinal, conhecer é conhecer algo diferente de mim. É descobrir objetos e situações inovadoras. Se não estou disposto a moldar-me diante do que aparece diante de mim e, portanto, a transformar meu modo de ver e de agir, não aprenderei de verdade.

A filosofia medieval já admoestava os homens, no século IV: Deus se esconde dos soberbos. Santo Agostinho chega a dizer que aqueles que são acometidos do mal moral do orgulho têm obnubiladas sua faculdade cognitiva, de tal modo que têm dificuldade de averiguar e de compreender a verdade das coisas e até de reconhecer o Divino pela razão. E este é um tabu entre estudantes: o conhecimento pode ser atrapalhado pela vida moral? As más escolhas da vida de alguém podem impactar na sua vida intelectual? A resposta é sim.
Na medida em que o ser humano é um composto de matéria e forma, questões relativas ao corpo podem atrapalhar o bom uso da faculdade cognoscitiva, bem como problemas na alma (vícios, por exemplo) podem e efetivamente causam dificuldades no uso de outras potências do homem.
Por isso, a primeira virtude cardeal é aquela ligada ao uso da inteligência: prudência. Dela nascem os comandos e orientações que vão organizar toda a vida, teórica e prática, do indivíduo. Portanto, para quem precisa começar a avançar na vida intelectual, o primeiro passo é decidir-se a ter uma vida reta moralmente. Para quem é cristão, comece diante de Deus num ato de contrição pelos pecados cometidos. Se é católico, faça tudo o anteriormente dito e, depois, ajoelhe-se e faça uma boa confissão. Só ao final de tudo isso, abra um bom livro.

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