Perseguição na Nicarágua
- Robson Oliveira
- 24 de jul. de 2018
- 2 min de leitura
O governo de Daniel Ortega, presidente socialista da Nicarágua, continua a perseguição e massacre de cristãos no seu país. Assassinatos, sequestros e ameaças são o cotidiano do povo nicaraguense, desde o início do aumento da perseguição aos cristãos.
Um pastor protestante e sua família foi morta dentro de casa, a mando do governo porque não quiseram ajudar a dominar a população da Nicarágua. Como retaliação, o governo socialista queimou toda a família viva (4 adultos e 2 crianças – uma de 8 meses e outra de 18 meses), dentro da própria casa. A razão aparente é que os princípios cristãos impossibilitavam que a família defendesse o governo e, por isso, foram executados. Mas a perseguição do governo socialista não faz diferença entre protestantes ou católicos.
Na cidade de Léon, o coroinha Sandor Dolmus, de 15 anos, foi morto pelos paramilitares sandinistas, no último dia 14 de junho. Sandor queria ser sacerdote e disse, na véspera do seu assassinato, que “iria estudar” para alcançar esse seu desejo. Nas redes sociais, o menino tinha dito o seguinte, 4 horas antes de ser alvejado por uma rajada de balas na altura do abdômen:

Señor Jesús te pongo en tus manos tu pais Nicaragua especial a León no lo desampares Mándanos paz . nunca he oído que tu desamparas a alguien ayuda a tu León ayudanos a vencer el malSenhor Jesus, ponho em tuas mãos teu país, Nicarágua, especialmente León. Não o desampares. Manda-nos Paz. Nunca se ouviu que Tu desamparas a alguém. Ajuda a tua León; ajuda-nos a vencer o mal.
A Catedral de León ficou lotada no dia do enterro de Sandor. Familiares e amigos abarrotaram a Igreja, onde se celebrou missa de corpo presente em honra ao pequeno mártir. O menino foi enterrado com as vestes de coroinha, como uma homenagem ao serviço prestado ao altar do Senhor na sua meninice.

Além desses casos, há outros tão lastimosos quanto esses. O governo socialista de Daniel Ortega sequestrou Christian Fajardo e esposa, líderes da resistência contra o governo. O sequestro ocorreu dia 23 de julho, às 6h00. A Conferência dos Bispos da Nicarágua também sofreu ameaças do atual presidente socialista da Nicarágua. Ao não ceder aos desmandos e exigências do socialista, os clérigos foram chamados de golpistas. Desde o início do acirramento dos embates já aconteceram mais de 300 mortes.
No Brasil, não vi a grande mídia divulgando o assassinato de Sandor Dolmus ou da família protestante. Essas notícias não são boas para a causa na qual os jornalistas brasileiros estão empenhados. O Papa Francisco interveio do modo diplomático que os papas precisam fazer: “Eu me uno a meus irmãos bispos da Nicarágua e a sua dor pelas violências cometidas por grupos armados”, afirmou o Papa na oração do Angelus na praça de São Pedro, no Vaticano.
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