O Céu é Logo
- Robson Oliveira
- 28 de mai. de 2019
- 1 min de leitura
Ó amiga, que te passas? Nesta terra de desgraças, Esperavas algo bom? Desejavas sinfonias, Ou orquestras, me dizias, Mas o mundo é reto tom.
Do amigo, teu abrigo; Da amiga, que sentido: Também mal tu recebeste. Foste estulta, ó amiga! Muito tola, que sofrida! Tal herança mereceste.
Não confies neste mundo Que mal paga o moribundo, Que premia o mau ladrão. Não te metas em perigo, Não te esqueças do castigo. Sursum Corda, sai do chão.
Coisa ruim, a insegurança. Há pior: má esperança. Lança a flecha mais além. Se precisas de consolo, Se anseias por socorro, Reza logo e fica bem.
Alma minha, ó amiga, não me furte, que te diga, Onde pôr teu coração: Não no mundo, que te cerca; Nem nos bens, não se converta em pó, ferrugem e ilusão.
Se teu choro não apaga, Tanta dor e tanta mágoa: Não te abatas, não estás só. Lembra, então: o Céu é fogo, Não te esqueças: Céu é rogo. Pois afinal, o Céu é logo.
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