O Belo: Subjetivo ou Objetivo (parte 2)
- Robson Oliveira
- 13 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Vamos continuar nossa reflexão sobre a beleza. Vamos começar com uma frase da Suma Teológica. Na Suma Teológica, Santo Tomás de Aquino diz o seguinte:
Pulchrum est quod visum placet. O belo, ou a beleza, é aquilo que agrada ver.
Quod visum… aquilo que à visão… placet… agrada. É isso que diz Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica: Pulchrum est quod visum placet.
Duas são as fontes do conhecimento estético… duas são a s fontes no prazer estético. Do julgamento se algo é bom ou mau esteticamente. Se é agradável ou não. Se me apraz ou não. Uma fonte cognitiva, uma fonte volitiva. O belo, o juízo estético, o juízo de gosto, aquele que faz com que nós falemos, eis aqui o belo!, tem duas fontes.
1: Faculdade cognitiva. Se eu não conheço, não possa julgar esteticamente.
2. Faculdade volitiva. Se não sou atraído, não deixo-me tocar pela obra.
Muitas vezes desconsideramos o aspecto cognitivo em favor da sensibilidade, que é muito atraída. Então, você julga que é belíssimo o que nem é tanto. Mas porque há um apelo sensual muito grande. Ou o contrário. Esse contrário tem a ver muito mais com aspecto objetivista e você desconsidera a feiura do quadro só porque tem uma mensagem bonita. O aspecto cognitivo superando o aspecto sensível. Percebe a diferença? Tem de ter cuidado com relação a isso.
Nós não podemos nem ficar no objetivismo simplista, nem no sensualismo tolo. Por que esse é o ponto principal – e aqui eu já vou avançando pra vocês uma tese que eu tenho que, um dia, vou com vocês avançar. Por que há tantos filmes, tantas séries de sucesso no nosso tempo atordoado – e filmes e séries que não valem um tostão? Por quê? Os cineastas… a mídia aprendeu uma coisa – que é antiga como andar pra frente mas eles aprenderam e estão colocando em prática -, o que é belo sensivelmente atrai. Por quê? Por que chama naquilo que é mais baixo no ser humano, naquilo que é mais simples, naquilo que é mais animal. Então, não importa se a mensagem é ruim. Se tem ali uma boa comida representada, eu vou querer ficar olhando, eu vou querer…
Acontece que nem tudo que nós… que nossa sensibilidade aceita é moralmente justo. Por esse motivo que eu sou muito cuidado com o que eu vejo, muito embora a sensibilidade peça. “Puxa, mas aqui tem uma série com cenas muito bonitas, que me atraem… chamam muito do meu aspecto animal, do meu aspecto primitivo”. Sim, mas aqui eu tenho de ter um juízo humano, não apenas sensível. Tá, ele pode ser muito agradável, pode ser uma beleza muito sensível, mas essa beleza está conveniente com que o homem é chamado?
Commenti