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Não transforme o seu cônjuge num bezerro de ouro

Os que se preparam para o matrimônio, assim como os que já se deram em matrimônio, têm uma tentação a superar: a tentação da idolatria. É possível, ainda que não seja muito comum, que o(a) namorado(a), noivo(a) ou esposo(a) exija mais atenção e amor a si que a Deus. Como saber se os relacionamentos estão demasiado autocentrados? De modo mais direto: será que o meu amor conjugal está acima do meu amor a Deus? Amar pode ser uma doença ou um defeito? Sim, há uma ordem no amor. Amar a coisa errada pode ser, sim, um defeito gravíssimo. E certamente traz mais sofrimento do que felicidade. Há uma ordem no amor (Ordo Amoris), que favorece a plena realização humana, pois faz com que cada objeto seja amado com a intensidade e a dignidade que lhe convém.

Óbvio está que os mandamentos do Senhor ajudam os homens a organizar o amor: antes de tudo, amar a Deus. Depois, amar os homens. Ao final, os bens da natureza. A desordem do amor gera indubitavelmente a confusão e a insatisfação que frustra o coração humano. Por esse motivo, se alguém desconfia de que ama mais o cônjuge que a Deus, é preciso refletir seriamente se isso está acontecendo. De fato, é possível que o cuidado entre os cônjuges se torne demasiado, ofuscando o único amor que deve ser dado a Deus. Como saber se estou com essa doença?

É simples: o que mais amamos é o que mais frequentemente vem ao coração. Quando os deveres matrimoniais estão cumpridos, quando não há mais nada que se deva fazer no lar ou no trabalho, quando os deveres acabaram, o que lhe vem ao coração? Se sempre é o cônjuge e seus interesses e nunca Deus e seus direitos, com certeza você pode estar correndo o risco de fazer do seu cônjuge um bezerro de ouro. Um excelente termômetro é esse: com o que ocupo meu coração, quando acabaram os deveres. Com o que me entretenho? Onde está seu coração, lá está o seu tesouro, diz o Evangelho. Se com o tempo livre nunca se lança um olhar a Deus, mas sempre entretém-se com os interesses do(a) namorado(a), noivo(a) ou cônjuge, se vai mal.

É possível idolatrar até coisas boas, como a saúde, o trabalho, os filhos ou até o cônjuge. A ordem do amor, a que todos os homens devem obedecer, orienta-nos a amar a Deus sobre todas as coisas. Ignorar essa verdade da natureza humana é garantir frustração e sofrimento em curto ou longo prazo. Afinal, nenhum bem passageiro será capaz de satisfazer um coração que quer o Eterno.

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