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Não prive sua família da fé em Deus

Algumas vezes vemos pessoas se ufanando de serem muito céticas. O discurso é meio soberbo e um pouco ofensivo mesmo. Eles costumam dizer algo assim: “eu sou muito racional para ter alguma fé”. Esses espíritos evoluídos e generosíssimos quase acusam toda a humanidade de sentimentalistas, irracionais, burrinhos porque não compartilham de sua perspectiva evidentemente melhor e mais verdadeira do que a dos outros homens, de todos os tempos e épocas. Em resumo, ou cada homem concorda com seu ceticismo ou criticismo religioso, ou é imaturo, sentimental e ingênuo intelectualmente. E o pior é que algumas famílias caem nessa arapuca. Mas será possível a algum humano viver tão cheio de razão, tão pleno de princípios racionais? É possível viver sem fé alguma?

Bem, como todos os estudiosos de religião sabem, há pelo menos dois tipos de fé ou dois modos de se compreender esse objeto: uma fé natural, que se sustenta na credibilidade que devotamos uns aos outros; e a fé sobrenatural, que se fundamenta na credibilidade que Deus possui. Ambas tratam de credibilidade, mas por razões distintas. A última é a fé religiosa, que os crentes têm no seu objeto de culto. A primeira, pelo contrário, é a fé que permeia nosso cotidiano. Ela está na credibilidade que se dá ao pedreiro, de que sabe o que está fazendo quando empilha tijolos com massa; ou na credibilidade do médico, em quem você confia sem conferir CRM ou histórico de processos, etc. Essa fé humana permite que vivamos em comunidade, com algum grau de conforto e despreocupação. Se fôssemos conferir todos os serviços que nos são prestados cotidianamente, se não confiássemos uns nos outros, nossa vida seria bem difícil. Imagina ter de abrir cada pão francês, averiguar a manutenção de cada elevador, medir a vazão de cada bomba de gasolina, conferir se cada motorista de coletivo é habilitado ou está sóbrio?

Portanto, nossas famílias não precisam se envergonhar de ter uma fé clara. Nenhum de nós precisa sentir-se menosprezado por acreditarmos em Deus. Como demonstramos acima, ter fé é algo humano, algo comum a todos os homens desde que precisam confiar uns nos outros. Alguém que se orgulhe e se ufane de viver sem qualquer fé e sempre de modo racional só testemunha a própria ignorância ou irreflexão sobre o objeto que pretensamente diz conhecer. Ninguém vive todo o tempo a partir da razão. Grande parte de nossas ações e mesmo nossos conhecimentos não derivam de nossas próprias ações mas derivam da confiança (fé) em outros que nos ensinaram coisas. Ou algum dos meus poucos leitores conferiu o peso atômico de toda a tabela periódica porque é muito cético e não acredita no que está ali exposto?

Efetivamente, orgulhar-se de não ter fé, antes de ser testemunho de racionalidade e autonomia, é apenas um atestado de má formação humana e filosófica. Pois bem, como alguém que desconhece sua própria natureza, sobre assuntos tão imanentes e sem transcendência e complexidade, poderá afirmar algo de correto sobre assuntos muito mais difíceis como a existência de Deus, sua natureza e sua transcendência?

Não aceite a patrulha contra a família. Não prive sua família do conhecimento (sim, conhecimento!) de Deus e de seus preceitos.

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