Namoro e sexo: por que não?
- Robson Oliveira

- 5 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Eis uma questão que vai e vem nos grupos jovens por aí: que mal há em que dois amigos – em comum acordo – usem-se mutuamente para terem prazer sexual? Por que não podemos usar do próprio corpo sexualmente, sem violência ou abuso, em comum acordo com um amigo ou amiga, por exemplo? Veja bem, ninguém tem o direito de fazer o mal, nem a si mesmo. O que você precisa entender, meu amigo, é que o sexo fora do seu contexto é mau.
De fato, e isso não é evidente para muitas pessoas, o problema é que nenhum homem pode ser usado como instrumento, nem mesmo com sua própria anuência. O homem possui tal dignidade, sua natureza possui tamanha altura, que é inadmissível a qualquer um instrumentalizar o outro, mesmo que esse consinta com o uso e a utilização. É o caso hipotético em que umas pessoas consintam em viver em escravidão, por causa dos benefícios materiais que o escravocrata prometa. Ainda assim, dever-se-iam ser esclarecidos e libertados – mesmo contra a vontade! – os que escolhessem a servidão à liberdade.
Pois bem, ocorre o mesmo com o exemplo dos amigos luxuriosos. A sexualidade humana é um dom. Não pode ser usada indignamente sem manchar a alma daquele que o faz. Assim como o desejo aparentemente livre e consciente do suicida nada mais é que negação do dom da vida, o desejo comumente acordado entre amigos de partilhar o sexo sem o vínculo matrimonial é negação da beleza do ato sexual. E por essa razão, é imoral e pecaminosa. Não respeita os fins do ato sexual, muito menos respeita a dignidade transcendente que se esconde em cada pessoa, sob a pele de cada biografia.
Eu sei que para muitos o corpo humano é como o petróleo: é nosso! Mas não é. Muitas vezes, as aparências enganam. Usar o corpo sexualmente dá a impressão de autonomia, anarquia, livre-arbítrio. Enfim, até parece liberdade, mas é escravidão das paixões.









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