Nada é de repente
- Robson Oliveira

- 12 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
O homem não é um completo desconhecido. Há padrões! Há alguma ciência sobre a natureza, sobre as paixões humanas, sobre a essência humana. É nesse sentido que se diz ser o homem um ser religioso. Isto é, a humanidade tende naturalmente à transcendência, à verticalização da vida, independente desse ou daquele caso particular. Há um default no ser humano que é, necessariamente, espiritual. No que diz respeito à relacionamentos, também há padrões universais de conduta.
Quando o assunto é amor conjugal, sua derrocada obedece aos modos de dissolução de todos os outros tipos de relacionamento. Como a amizade é condição para o matrimônio feliz, quando o relacionamento caminha para seu fim, os sinais de sua putrefação vão se tornando mais evidentes. Se amigo é quem ama e rejeita as mesmas coisas, quando o relacionamento começa a opor namorado e namorada sobre temas importantes, é pra ficar de olho. Quando assuntos delicados opõem noivo e noiva, esposo e esposa, deve-se ter cuidado porque o amor conjugal está muito doente. Afinal, não é possível manter um vínculo com quem não se tem qualquer afinidade. Ficar atento a esses sinais pode ser a diferença entre a salvação ou a dissolução de um matrimônio.
De fato, nunca acontece um temporal sem que, antes, antecedam raios e trovões. Imaginar que a tempestade que se abate sobre seu casamento surgiu de repente, na verdade, desconsidera os inúmeros sinais de que a amizade do casal está abalada profundamente. Os ventos cotidianos das discussões, as garoas diárias da falta de carinho, corroem inevitavelmente o amor conjugal, tornando o convívio entre os cônjuges muito difícil. Nada é de repente. Os desastres sempre são antecedidos por sinais.









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