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Família e Deus: fins do ato conjugal

Há algumas ideias orientadoras que sempre retornam à minha cabeça. Uma delas é a do Senhorio de Cristo: se Jesus Cristo é Deus, nada pode escapar de seu domínio. O trabalho precisa ser formado sob a perspectiva cristã, a família igualmente necessita escutar as orientações de Cristo para sua boa formação, a vida pública tem de refletir os ensinamentos cristãos. Dentre os cristãos, raros são aqueles que não reconhecem o senhorio de Cristo nesses âmbitos. Mas há um aspecto da vida humana que alguns querem reservar para si, um lugar no qual Cristo não pode exercer seu domínio: na atividade sexual.

Veja, não se fala dos não-cristãos. Esses, por razões óbvias, não assumem os princípios cristãos em suas vidas, nem no que é mais evidente, como na vida pública. Para um cristão é claríssimo que não se pode usar o outro como meio para seus fins, mesmo que o outro concorde em se rebaixar. Entre não-cristãos isso não está claro. Se a vida pública está nesse nível de indeterminação, imagine o que pensam eles das normas da vida privada? E mais: da atividade sexual concreta, entre casados? Para os cristãos, todavia, está mais do que claro. Jesus Cristo é Alfa e Ômega, Princípio e Fim. Portanto, nada escapa a seu Senhorio.

Se para a vida pública, existem normas para caracterizar a prática cristã como satisfatória, certamente há também na vida privada condições para avaliar se as decisões que tomamos estão de acordo com o Domínio Universal de Deus. Nesse sentido, todo casal cristão deveria perguntar-se: o ato conjugal, que une os cônjuges de modo lindo e misterioso, cumpre as condições necessárias que ponham em destaque o Senhorio de Cristo sobre suas vidas? Só saberá resolver esse problema quem souber quais as condições necessárias para o exercício da sexualidade humana, segundo o desígnio de Deus. E dois são os critérios para avaliar as condições para o exercício cristão da sexualidade: abertura à vida e união do casal.

1. Abertura à vida

O ato sexual de cônjuges, que evite ou queira evitar filhos sem razões realmente graves, não atende a uma condição para o exercício cristão do ato conjugal e, de per si, é imoral. E também pecado grave, pois não atende a um fim do ato conjugal: a possibilidade de encher a terra (Gn 1, 28). O ato sexual fechado à vida propositalmente e sem razões graves é um testemunho explícito de egoísmo e reflete um pouco da sociedade egoísta contemporânea. Portanto, para o ato conjugal permanecer sob o Senhorio de Cristo, é ilícito o uso de todo meio contraceptivo, natural ou artificial, que queira evitar a prole sem motivos graves. No caso, porém, de haver razões importantes para o espaçamento da prole, é lícito usar meios naturais, que respeitem as normas dadas por Deus por meio das leis da natureza (leia mais aqui).

2. Caráter Unitivo

Ao determinar que o homem e a mulher, deixando a casa paterna, se unam e sejam uma só carne (Gn 2, 24), um outro elemento surge para avaliação do ato conjugal. O ato sexual deve unir o casal, de tal modo que sejam um em espírito, mas também na carne. Há um débito conjugal no matrimônio cristão, de tal modo que os cônjuges não podem negar-se um ao outro, sem motivos realmente importantes. Esse elemento do ato conjugal é uma defesa contra a infidelidade conjugal, sim, mas também é um elogio à unidade que nasce do matrimônio cristão. Os cônjuges se dão mútua e livremente, de modo que não são mais dois, senão um só! O matrimônio cristão une os membros desse doce contrato no amor e, por isso, o matrimônio cristão é incompreendido pela lógica da competitividade e do prazer solitário (leia mais aqui).

Família, Dom de Deus


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