Faça diferente!
- Robson Oliveira
- 7 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
Acompanho alguns matrimônios em crise. Crises leves e crises profundíssimas. Muitos estão em seus vales e pântanos matrimoniais depois de já tentarem diversos outros caminhos para seus relacionamentos. Isso eu entendo perfeitamente. No meio do furacão e do sofrimento, cada pessoa vai atrás de todo fio de esperança de retomar o amor ferido, de curar o matrimônio machucado. Mas às vezes algumas reações me causam verdadeiro espanto.
Causa-me grande estranheza que, mesmo depois de seguir passo a passo as máximas de nosso tempo e ter empilhado fracasso sobre fracasso em sua vida amorosa, às vezes durante anos!, ainda existam pessoas que resistam em tomar as medidas necessárias para salvar seus relacionamentos. Apesar de repetir o mantra de nosso tempo: “Eu primeiro”, “eu primeiro”, “eu primeiro”; ou “aproveita a vida”, “aproveita a vida”, “aproveita a vida” e sabotar cada um dos seus relacionamentos, a pessoa não entende que foi justamente a aceitação das premissas egoístas de nosso tempo que levaram à destruição cada uma de suas tentativas.
Tamanha é a doutrinação de nossos jovens e adultos que, mesmo depois de sofrerem no corpo e na alma as consequências de relacionamentos mal orientados, não se aceita sequer a possibilidade de se mudar minimamente o modo de ver o matrimônio. E eis que algo incrível acontece: a pessoa quer um relacionamento diferente, mas repete item por item tudo o que levou os outros seus relacionamentos ao fracasso. A pessoa quer um modo diferente de viver o matrimônio, mas aceita como se fosse dogma o modo como o mundo vê o relacionamento entre homem e mulher. A pessoa diz que quer um matrimônio santo mas aceita e defende o que a mídia, o mundo e os inimigos de Deus falam sobre matrimônio. Ora, se se deseja um matrimônio diferente dos seus contemporâneos, você precisa rejeitar as receitas de matrimônio falido, que tentam nos vender nas bancas de jornal, nos noticiários matutinos e nos programas de auditório. Continuar a repetir os erros dos relacionamentos anteriores, obedecendo o “politicamente correto”, só vai ter como resultado mais um relacionamento destruído.

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