Duas solidões contemporâneas
- Robson Oliveira

- 8 de jun. de 2018
- 1 min de leitura
Divulgando um artigo antigo, mas que foi publicado pela Gazeta do Povo. Dessa vez, o assunto é o deserto que cerca os homens que procuram resistir ao fácil, ao desonesto, ao imoral. Há uma verdadeira caça às bruxas: os honestos são achincalhados, ridicularizados, menosprezados. Eis um extrato de Duas solidões contemporâneas:
Há muitos modos de se estar só: apesar da onipresença tecnológica, que invade os leitos e os templos, as salas de cinema e as casas de saúde, o homem sente-se cada vez mais só. Não é difícil encontrar solitários nas grandes metrópoles. O século 21 é capaz de produzir uma nova contradição humana, que é parir, na época da conectividade absoluta, o homem desconectado de tudo. Mas essa solidão é voluntária. Há uma outra mais cruel e nociva. O Brasil testemunha o surgimento de uma solidão específica: a solidão do homem honesto. Diferentemente da solidão do anacoreta cibernético, que escolhe alhear-se do mundo à sua volta, esse exílio é imposto aos homens por seus coetâneos. Trata-se do sentimento de que, diante das constantes notícias de roubalheiras e escândalos, os cidadãos não deveriam cumprir as normas éticas e morais. Pensa-se: se os líderes do povo não se ocupam do bem e da justiça, não será o homem comum a lutar para cumprir os princípios morais. E assim nasce o homem solitário, que se sente abandonado no cumprimento da lei e na busca do bem humano.

Para ler o texto completo, vejam aqui.









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