Arte e humanização: como tornar-se um homem melhor?
- Robson Oliveira
- 18 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
No início do século XX, havia grandes esperanças para o homem, em razão dos avanços científicos. Em 50 anos, a esperança virou desalento e a humanidade encarou seus piores medos: as ciências da natureza, que eram sua salvaguarda, tornaram-se inimigas crudelíssimas. Uma lição, porém, adveio do drama das Grandes Guerras: a felicidade e a realização humanas não virão de um laboratório de química, nem de uma fábrica de nanorobôs. A realização humana encontra-se na construção do homem interior, não de máquinas e equipamentos. E as ciências da natureza não são a única fonte desta construção, nem as mais importantes.

O homem interior, este que resiste aos confortos e às promessas de felicidade nesta vida, precisa de auxílio para a construção da melhor versão de si. E as artes são ferramentas úteis para tal empreendimento: música, teatro e cinema, pintura, mas principalmente a literatura orientam o homem pela estrada da formação do caráter e da vida interior. Com efeito, a felicidade e a autorrealização, a que todo homem que pisou esta terra sonham, encontram-se no aprimoramento pessoal e no cumprimento da essência humana.
Ao ler, ao meditar sobre uma peça de teatro ou um filme, ao permitir-se gozar de boa música ou escultura, o indivíduo é convidado a confrontar o ser humano que é com aquele que deveria ser, aquele que pode surgir a partir da análise sua natureza e da superação de suas deficiências. E tais conclusões não acontecem a partir da solução de questões técnicas, mas - em última instância - a partir da reflexão filosófica e teológica.
Entendeu agora a necessidade de investir em formação humana?
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