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Amor matrimonial é escolha

Alguns mitos cercam o desejado e aparentemente inalcançável matrimônio feliz. Mesmo quem já entendeu que nenhum bem criado é capaz de preencher o coração humano, até quem sabe que nenhum homem ou mulher pode satisfazer a sede de felicidade de cada um, mesmo nesses casos ainda é possível encontrar românticos (ô raça!), que resistem e esperam lá no fundo do coração que o escolhido plenifique sua vida, que a escolhida lhe dê um pouco de paraíso em 50 minutos num tálamo ardente. Ledo engano! Mesmo assim, esses personagens andam por aí.

Uns imaginam que a loba, saindo do terceiro casamento, vai ensinar todos os segredos para o garotão sarado. O meninão jura que não, mas sonha com a destreza da tiazona experiente, que promete pro neo-crismado que seus 3 relacionamentos anteriores foram um fracasso por culpa de outros. E o garotão, talvez para anestesiar a própria consciência, diz que ela prometeu entrar com o processo de nulidade para casar com ele na Igreja. Mas enquanto isso, ele vai tendo aulas particulares de massagem tailandesa com a tiazona. Afinal, diz de si para si o garotão, ninguém é de ferro, né? E Deus é misericórdia, né? Pois veja, quem já agora faz pouco das regras do amor humano, escancarando sua intimidade já antes do vínculo esponsal e do sacramento do matrimônio, por quais motivos respeitaria outros princípios mais difíceis e exigentes, como abertura à vida e a indissolubilidade mais tarde? Já não está demasiadamente claro para nosso amigo recém-crismado que quem faz pouco dos princípios maiores (como a continência, a castidade matrimonial e a fidelidade à lei de Deus) negará com ainda mais facilidade princípios aparentemente menores (fidelidade ao cônjuge e exclusividade no amor, por exemplo)? Não está claro que quem já traiu uma, duas, três vezes precisa dar provas muito seguras de fidelidade e comprometimento com os mandamentos, que prometerá obedecer, antes de avançar-se para a intimidade sexual, que por si é já uma prova inconteste de infidelidade a Deus? O garotão não vê a incoerência disso? Como prometer fidelidade aos mandamentos de Deus após o matrimônio se agora já se ajeita a própria consciência para justificar o sexo antes do matrimônio com a tiazona?

Outras acreditam que o sucesso do matrimônio é casar com um paranormal, capaz de antecipar todas as mínimas inspirações da esposa. Um verdadeiro místico, um telepata evoluído, que entenda todas as labirínticas vontades e intenções de sua amada. Um gênio hábil em interpretar cada gesto, cada pequeno olhar, cada sutil expressão no rosto da amada. Ora, não há erro mais evidente. As mulheres são elas mesmas especialistas em adivinhação de pensamentos, interpretação de gestos, pós-graduadas em telepatia tântrica, não deixam escapar qualquer sinal de sorriso, qualquer insinuação de alegria. Elas antecipam como ninguém os movimentos de outras mulheres, preveem sem qualquer erro as intenções de outras mulheres, profetizam com incrível grau de acerto os desejos de outras mulheres. Mesmo assim, elas continuam odiando-se umas as outras como sempre, o que é garantia indisfarçável de que ter suas vontades antecipadas por telepatas super treinados não basta para atrair a boa vontade e o amor das mulheres.

Outros ainda imaginam que se o orçamento fosse mais folgado, todos os problemas do relacionamento desapareceriam instantaneamente, deixando um cheiro de rosas pela casa. Como se o problema dos matrimônios fosse a carência de bens de consumo, de conforto ou de opções de lazer. Se fosse esse o problema dos matrimônios, nenhum dos milionários casamentos de celebridades, empresários, políticos terminaria de uma hora pra outra, como ocorre frequentemente. E isso é assim porque o sucesso matrimonial não depende de nada externo ao casal. Nem no tanquinho do garotão, nem na quilometragem da tia, nem nas promessas de viagens, nem de absolutamente nada externo ao casal. É a vontade dos nubentes sustentada pela força de Deus quem garante a existência do vínculo no matrimônio e precisa ser a garantia da fidelidade dos noivos. Eis o que disse certa vez Bento XVI:

“A indissolubilidade do matrimônio não deriva do compromisso definitivo dos contraentes, mas é intrínseca à natureza do “poderoso vínculo estabelecido pelo Criador” “.

O amor matrimonial não é sorte, nem jogo de azar, não é uma entidade que toma o corpo do cônjuge, tornando o apaixonado um passageiro de própria vida. Amor é ato de homens! Só homens, só pessoas inteligentes podem ter domínio de si, só quem é assim é capaz de dar-se a alguém. Ora, os outros animais não podem comprometer-se no futuro. Logo, não é possível para eles empenhar a própria vida para construção de uma história comum. Amor matrimonial – amor, ponto! – é ato da vontade. Amor é escolha. O esposo e a esposa terão um matrimônio feliz se escolherem – dia após dia – renovar seus votos de fidelidade e doação.

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