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A Palavra Proibida

Shhhh… Fale baixo… Se o monstro nos ouvir, ele despertará e derramará seu horror sobre todos…

A Arquidiocese de Boston amargou um dos momentos mais tristes de sua história, quando veio a público o escândalo de pedofilia, em que mais de 1.000 crianças, no período de 60 anos, foram vítimas de sacerdotes que delas abusaram sexualmente. Caso semelhante aconteceu no Chile, onde diversos sacerdotes foram denunciados por seus atos de violência contra crianças e adolescentes. O Papa Francisco tem se encontrado frequentemente com as vítimas desses sacerdotes. Em qualquer mídia em que você ler essas notícias, o fato de serem sacerdotes os abusadores e violentos saltará das páginas. Em toda revista ou jornal que publique tais notícias você será exaustivamente lembrado que foram padres católicos os que criminosamente violentaram essas crianças. O que você não vai saber é que a maioria dos abusadores, além de sacerdotes, também eram homossexuais.

Por causa do gigantesco do caso Boston, a Igreja Católica solicitou um estudo que determinasse o perfil do abusador, que tanto mal fez a tanta gente. E o resultado foi que eram predominantemente homossexuais os que abusaram das crianças e adolescentes durante os 6 decênios que obscureceram a cidade. O estudo chega a dizer que são meninos os abusados e que isso configura homossexualidade, mais que pedofilia. De fato, um psiquiatra chileno sustenta que essas duas práticas configuram como que dois lados da mesma moeda, seguindo o Cardeal Bertone. Mas há também aqueles que, mesmo sabendo da profundidade e dureza dos dramas escondidos sob este manto, não vão a fundo na questão, não levantam o manto da vergonha, e temem expor a relação existente entre esses dois comportamentos: homossexualidade e pedofilia. O escândalo na ginástica olímpica brasileira é um exemplo desse esforço por não mostrar a proximidade desses dois elementos.

Mais de 4o vítimas foram fortes o suficiente para assumir que foram abusados. Outros tantos não quiseram certamente reabrir ferida tão dolorosa. Todos homens, até onde se sabe. O ginasta Petrix Barbosa, vítima preferencial do abusador, conta com detalhes a perseguição que sofria. Outros atletas reclamaram com sua família da conduta do professor abusador, que pedia para ver os genitais das crianças (uma com 12 anos). Mas toda a dura história desses meninos violentados revela um pouco da doença que se abate no jornalismo brasileiro.

Em nenhum dos relatos dos grandes jornais e revistas, a palavra homossexual foi grafada ao lado do nome do estuprador. Parece que há um código nas editorias, uma norma nos prelos jornalísticos que proíbe a comunicação ao público da funesta e perigosa informação de que homossexuais são pessoas comuns, que podem cometer crimes como todas as pessoas comuns. A desenvoltura e rapidez no julgamento dos sacerdotes não são as mesmas utilizadas no caso do técnico pedófilo. E por quê? Que palavra tanto incomoda? O controle da linguagem, os níveis de vigilância institucional, as barreiras ideológicas são tão gigantescas que o articulista ou editor não permite aos seus leitores uma narrativa completa de todo o fato. Por causa disso, eles precisam proibir expressões, censurar vocabulário, vigiar a gramática. Até quando vão esconder do público que o estuprador pedófilo dos ginastas brasileiros era também homossexual? É tão grande a falta de espírito dos jornalistas que eles temem  perseguição a homossexuais nas ruas por causa desse fato? Será que são tão obtusos que não conseguem ver que a omissão dessa palavra deixa desprotegida uma família, uma criança, um atleta. Não que todo homossexual seja violento, mas a experiência de Boston, do Chile e de outros lugares do mundo demonstram que há certa prevalência. E os leitores têm direito à informação completa.

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Professor Robson Oliveira
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